quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Horoscopo

Hoje vai ter um dia igual ao de ontem e também igual ao de amanhã.
É muito provável que não se apaixone, não tenha sexo ou qualquer outra manifestação de carinho.
Vai-se sentir deprimido(a) quando olhar para o seu saldo bancário e começar a subtrair a esse numero as despesas que ainda vai ter.
Não lhe vai surgir nenhuma oportunidade de negócio.
Por outro lado, também não vai comprar nenhum artigo dos panfletos da Media Market.
O fim-de-semana vai ser gasto atrás dum volante e a percorrer centros comerciais.
Vai consultar muitas etiquetas de preços na desesperante busca da prenda perfeita.
Vai registar um euromilhões e vai ter uma conversa sobre o que faria se a sorte lhe abencoasse a vida.
Está frio e as luzes do Natal já não lhe despertam a esperança.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Funcionario (3ªParte)

Na estação as pessoas escapam-se à chuva encostando-se à parede hirtas e amuadas como soldados numa parada militar. Estão com os sapatos molhados e sentem a humidade a lamber-lhes a carne fria. Tentam aquecer-se encolhendo os dedos e soltando ar quente da boca para as palmas das mãos. A condensação desenha balões de banda desenhada no ar que depois desaparecem por entre o silêncio das tosses e das escarras verdes que são lançadas ao cimento. Cheira a ferro e uma voz imperceptível indica a linha em que parte o comboio.
As tuas manhãs são cronometradas ao segundo e obrigam-te a olhar para o relógio do telemóvel uma vez a cada 5 minutos. Sabes que, se acordares às 7:15 podes, depois de tomares banho e comeres o pequeno-almoço, apanhar o comboio das 8:15 para chegares ao metro às 8:45. Deste modo estás habilitado a picar o ponto entre as 8:55 e as 9:00. É sem dúvida uma manobra arriscada, ainda para mais quando tens a consciência que qualquer atraso que ultrapasse os 5 minutos equivale a um corte salarial. Em casos excepcionais, como uma avaria nos transportes ou uma greve, a benevolência é maior e nada te é descontado, desde que o atraso seja justificado com uma declaração a comprovar tal vicissitude. Para conseguires essa declaração vais ter de passar uns bons 30 minutos numa fila formada por outros trabalhadores, também eles, necessitados do mesmo. A espera é silenciosa e cansativa e termina quase sempre contigo a desistir e a preferir perderes 5 euros do que te submeteres a tão humilhante espera.

Declara-se que, para os devidos efeitos, no dia ___/___/___ entre as ____ horas e as ____ horas a circulação de comboios esteve interrompida pelo motivo de ______ .
O Funcionário:


A necessidade dum comprovativo como este é um bom indicador quanto ao apreço que os teus superiores têm por ti e também à débil posição que ocupas neste rodopio económico e social a que chamam carinhosamente de globalização. Na fila para o guichet, onde funcionário preenche à mão os espaços deixados em branco como se fossem parte dum teste de língua estrangeira, sentes-te sempre mais emotivo e cresce em ti uma vontade quase incontrolável de chorar. Escondes os teus olhos húmidos olhando para os sapatos velhos e de má qualidade que envergonhadamente calças.

O comboio chega e os passageiros tomam as suas posições na beira da plataforma de embarque. São posições estudadas e marcadas na memória desde o primeiro dia em que pisaram esta estação. Todos sabem que, se estiverem em determinada posição na altura em que o comboio pára, terão a possibilidade de estarem mesmo no centro de uma das portas da carruagem podendo, desta forma, entrar primeiro que os outros e assim habilitarem-se a um dos três ou quatros lugares sentados disponíveis. Terão de ser lestos e astutos e o uso da força poderá ajudar a desequilibrar os concorrentes, dando uma vantagem importante a quem ela recorrer. Quando as portas se abrem, os passos apressam-se e quem consegue o assento tem motivos para ficar feliz. Afinal, vão ser poucas as alegrias sentidas ao longo do dia entre fotocopiadoras encravadas e toques incessantes de telefones. A ti João, habituado que estás a ser ultrapassado a toda a hora, resta-te ficar de pé e esperar que esta viagem de 30 minutos não demore muito a passar.
Fechas os olhos com força, respiras fundo e ficas a sentir o movimento.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O Funcionário (cont.)

O caminho que te leva até à estação dos comboios é um emaranhado de ruelas secundárias assombradas pelo betão dos prédios de 10 andares que, virados uns contra os outros, assumem o orgulho e a rigidez de peças de xadrez prontas a serem jogadas no início de qualquer partida. Fazes o trajecto de 10 minutos em passos curtos e cansados enquanto os teus olhos se colam, com desalento, no alcatrão molhado onde reparas, sem o querer, nos pacotes de maços de tabaco amachucados e nas folhas de jornais gratuitos a voarem como anúncios de verão nas rédeas duma avioneta.
“Portugueses perdem poder de compra”

Nada do que possas ver por aqui te traz uma recordação de infância ou de felicidade capaz de te confortar nesta manhã de chuva. Nasceste noutro subúrbio, noutro bairro e, desde que te mudaste para a casa que compraste nesta periferia da cidade, deixaste de poder ouvir as vozes dos teus vizinhos a desejarem-te os bons dias e a perguntarem, curiosas, pela tua família. Sabias bem, na altura, os seus nomes, tanto os próprios como os apelidos e todos reclamavam, com alguma vaidade, que andaram contigo ao colo ainda eras tu um bebé.
Lá no bairro onde moravas e cresceste, as vidas das pessoas cruzavam-se em vários pontos como se cruzam nos argumentos dos filmes. As mães dos teus amigos trabalhavam juntas na mesma fábrica e os filhos delas estudavam todos na mesma escola. Por isso é que, quando alguém fazia anos, havia festa e todos eram convidados para comer gelatina e pudim instantâneo. Mas se, por outro lado, a desgraça viesse, não vinha só para alguns, como no dia em que a fábrica dos alemães fechou e a vida no bairro se tornou cinzenta e angustiante e poucas eram as famílias que tinham motivos para poderem dormir descansadas. Nesse bairro que cresceste, por entre aquelas ruas com nomes de médicos e revolucionários, estão guardadas as tuas melhores recordações. Na rua Dr. Egas Moniz, para desespero da tua mãe, o buraco que te fez cair e levar 5 pontos no joelho. Na Dr. Patacão a porta do armazém que fazia de baliza nos jogos de futebol e na Dra. Maria Rosário o vão de escadas onde acabaste o teu primeiro namoro. Não é de estranhar que, cada vez que lá vais visitar os teus pais, te sintas mais leve que no resto dos outros dias. Isto porque te recordas de coisas que te permitem ter uma história e um passado digno de ser lembrado. Existe, naquelas ruas, um sentimento de protecção tão grande que a falta dele te deixa desiludido e amargurado. Como hoje, por exemplo, enquanto caminhas para a estação por entre prédios cujas janelas não apanham sol o ano inteiro. Não existe ninguém que passe por ti e te pergunte como te sentes ou como vai andando a vida. Ao invés, os olhares procuram esconder-se no alcatrão e nas beatas agrupadas nas esquinas das sarjetas. As vossas vidas tocam-se apenas nos momentos em que lêem, com desconforto, as mesmas notícias nas páginas dos jornais que são sopradas pela corrente de ar resultante duma má arquitectura urbanística.
“Portugueses endividam-se mais.”

É nestas ruas sem história que escreves a tua biografia de homem adulto. Uma história com poucas páginas e com a letra irresoluta como a dos grafittis por baixo das janelas do rés-do-chão.
Hoje é um dia em que chove e faz frio e foi azar um dia como este não ter caído ao fim-de-semana. Podias ter ficado na cama a ouvir as gotas da chuva a bater na persiana sem te preocupares com o momento em que o despertador te dá a conhecer as notícias do dia. A subida das taxas de juro, do preço do barril do petróleo ou a divulgação dum estudo pouco abonatório para o futuro de Portugal. Podias até chegar perto da tua noiva e enroscares-te nela de forma a teres uma erecção. Mas em vez disto tudo, tens 10 minutos para chegar à estação e apanhares o teu comboio. E se, por alguma razão, não o conseguires, já sabes que vais ter uma hora descontada no teu salário no mês que vem.
Não era, portanto, má ideia começares a pensar em acelerar o passo.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Check-list

No alto da minha douta sapiência e inigualável experiência de vivre, pensei em partilhar, com qualquer um ou outro interessado, algumas breves reflexões sobre o elevado tema das relações humanas, sua falta ou sua abastança, de uma forma incoerente embora séria. Começarei por uma prática.

Check-list de móbiles de pormenor para manter aparte qualquer hipótese de relacionamento mais íntimo com alguma namorada mais afoita e que na sua cegueira o acosse e para a qual procure justificação para interromper com a coisa de forma circunspecta e fundamentada (parte I)

demasiado 'nova', demasiado 'baixa', anda sempre na lua, não suficientemente morena, demasiado louca, demasiado deprimida, insuficiente destreza de língua, cheiro sem sex-appeal, falta de espírito de aventura, falta de poder de encaixe, falta de mamas, um bocado totó, não lê ou adora Paulo Coelho ou Dan Brown e acha que o Harry Potter é para miúdos, acha que é mesmo diferente das outras, não percebe a ponta dum corno do que me vai pela cabeça, muito sensível, com mania de intelectual, muito nervosa, um pouco neurótica, bebe demais, não bebe, é muito esquecida, não conduz, não anda de bicicleta, tem medo dum bocado de lama, não veste assim tão bem, falta-lhe à-vontade, pouco carinhosa, não deslarga, enjoa na estrada, um pouco 'encorpada' a mais, alguma polpa a menos, falta de vivacidade no olhar, postura algo incerta e despersonalizada, apenas réstias de lascívia, não passa sem isto ou sem aquilo, hoje quer assim amanhã apetece-lhe assado, um bocado parecida com a mãe, o nariz e as orelhas são do pai, nunca lhe faltou nada, já 'sofreu' tanto, não pratica desporto, ficava-lhe melhor cabelo comprido, ficava melhor ruiva, maneira de falar amasculinada mas sem ser sexy, borbulhas estranhas, é borderliner, usa acessórios foleiros, não sossega um instante, esquece tudo, é vegan, só usa ténis, não sabe para que serve o shift, é 'tão' espiritual, tem os pés feios, é 'amiga' de todos, não gosta de estar com ninguém, fica a remoer, só pode comer disto ou daquilo, está sempre com frio, 'não vive sem amor', lava os dentes às vezes, bebe café com açúcar e despreza quem fuma, quer fazer uma pós-graduação em psicologia ou 'ciências' do comportamento, não gosta lá muito de filmes de terror ou não se lembra de ter visto algum do David Lynch ou um dos filmes da sua vida é o Pearl Harbour, não se parece com a Kate Beckinsale nem com a Rebecca Romijn, atormenta-se com a celulite, é bué da new-age, abusa do lib-gloss, inventa cenas, produz, interpreta em palco, atira os foguetes e faz a critica, atrai as melgas e mosquitos, não simpatiza com gente 'esquisita', falta-lhe je-ne-sais-quoi, assim não que me despenteia, tem a certeza que Deus existe, comprou o último cd à dois anos, em promoção, esquece-se de pagar a conta a meias, abusa um pouco da palavra eu eu, nega à partida uma ciência que não conhece, não inclina o pescoço no ângulo correcto...

Como certamente perceberam, o texto é de facto muito bom mas não é meu. Quis o destino que o meu grande amigo, Paulo Rinhonha assinasse uma participação neste blog.
E assim foi feito. Um dia ainda terá a fama e glória.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O funcionário

Só para que conste, este é apenas mais um dia da pior semana que a tua memória é capaz de se lembrar.
Acordas de manhã e ouves a chuva a bater forte na persiana da janela do teu quarto. Antes de te levantares da cama para ires trabalhar, já sabes que os quinze minutos que te separam da estação de comboios vão ser gastos na tentativa de te abrigares no único chapéu-de-chuva que compraste na vida. Um pequeno e desdobrável que não vale a ponta dum chavo e que continua ferrugento e torto como sempre o conheceste. Não vais conseguir grande coisa com ele e, ainda deitado, consegues perceber que vais ter um dia de merda. Advinhas, sem esforço, a água a ensopar todas as tuas roupas e o frio do Inverno a fazer-te tremer até ficares exausto.
Isto tudo ainda antes de apanhares o teu comboio para a cidade.

Levantas-te da cama quente e repetes a palavra foda-se tantas vezes que soa como se fosse parte de uma reza. Arrastas os pés pelo chão frio e começas a espirrar com força. Quase que sufocas com o teu próprio ranho que vais limpando à manga do pijama até chegares á casa de banho onde te assoas como deve ser.
Ouves com demasiada clareza o som da urina da tua vizinha de cima a bater na água da sanita. Esse som repetitivo e constante traz consigo uma imagem que te obriga a respirar fundo três vezes seguidas antes de te confrontares com a certeza de que a recordação mais forte que tens da Sra. Lurdes é mesmo esse som. Cresce em ti a convicção que te vais lembrar deste pensamento sempre que a Sra. Lurdes passar por ti e te desejar os bons dias ou te segurar a porta do prédio quando tens as mãos ocupadas com as compras do mês.
Quando entras na tua própria casa de banho fazes o esforço natural para que a força da gravidade no teu mijo passe despercebida, evitando que a tua vizinha tenha um sentimento recíproco quanto às recordações que possa guardar de ti.

Vais ter agora de fazer a barba e essa obrigação faz-te dizer mais asneiras. Fechas os olhos com força ao mesmo tempo que inspiras e expiras fundo. Prometeras com alguma ingenuidade que irias tratar disso ontem à noite, mas a preguiça apagou-te essa informação do cérebro. Abres a torneira e esperas que a água aqueça, mas lembras-te que deixaste o gás fechado e vais ter de caminhar até á cozinha para o ligares. Fazes lento o trajecto e tentas ligar o esquentador com um movimento displicente que não resulta obrigando-te a repetir todo o processo de ligação. Olhas para o lava-loiça e reparas que também não lavaste o que tiveras prometido lavar, mesmo que essa promessa fosse apenas para continuares deitado no sofá a ver sem interesse um programa de televisão. Voltas para a casa de banho com a mesma vontade que a abandonaste e interrogas-te se o facto de ouvires o mijo dos vizinhos tem alguma coisa a ver com a qualidade da construção do prédio.
Esperas que a água aqueça e quando finalmente lhe sentes o calor, molhas uma toalha que levas à cara. Demoras-te com ela na face porque aquela temperatura deixa-te uma sensação boa por todo o corpo e faz-te desejar não sair de casa o dia todo. Repetes várias vezes o movimento até ficares certo que os poros já estão devidamente abertos, embora sabendo que, faças o que fizeres, vais acabar por ficar com a pele irritada e marcada com pequenos cortes que te vão dar um aspecto repugnante ao olhar dos outros.

Encaras a tua figura no espelho e acusas o tempo que passou desde a última vez em que te olhaste com vaidade. Esqueceste facilmente quem eras quando compravas roupa de marca para sair à noite com os amigos e passavas, na altura, uma pequena eternidade nas lojas da baixa a escolher calças que te salientassem as pernas e camisolas que caíssem sem mácula nos ombros. Estes momentos são tão velhos que sentes pena de não recordares a última vez que isso aconteceu.
Esqueceste também as vezes em que, depois de tomares o teu banho, ouvias música a altos berros e dançavas ao som dela enquanto te vestias e te sentias feliz por estares convencido de que todos os teus sonhos poderiam ser alcançados com um mero estalar de dedos. Acreditavas tanto nas tuas capacidades que nem eras capaz de te imaginares num futuro. Eras o teu próprio presente e era confortável não ter um passado magoado e ferido a atirar-te merdas à cara todos os dias. Merdas que doem tanto como o ardor que sentes no pescoço por teres uma pele sensível que não consegue aguentar a porra duma lâmina a passar-lhe por cima duas ou três vezes seguidas.
Saltas para a banheira a tremer de frio e ligas a água que já vem meio quente. Deixas que ela escorra sobre ti e o calor que sentes sabe-te muito bem. Fechas os olhos e pensas que merecias que este momento durasse o dia todo. A água a cair sobre ti e a aquecer o teu corpo nu. Merecias também dormir mais oito horas e mais oito a seguir a essas oito. Merecias mesmo que o génio das vontades batesse à porta e te concedesse 3 desejos que pudessem ser renovados a cada quinze dias. Mas agora, o que querias mesmo, era voltar para a cama e dormir profundamente com o teu corpo quente e relaxado.
Ficas tanto tempo debaixo do chuveiro que só te dás conta disso quando o ar se torna difícil de respirar. Fechas a água e a pequena casa de banho é um nevoeiro rarefeito que embacia todos os azulejos brancos quebrados com o tempo. Podes contratar o melhor pedreiro, utilizar os melhores materiais à venda no mercado que o tempo fá-los sempre quebrar. E a ti também. Também foste quebrado pelo tempo e infelizmente já passaram todos os anos a que a garantia dava direito. Agora és uma imagem sem interesse e sem uma história digna de nota que mereça ser contada. Claro que, ainda assim, tens a plena consciência de que foste abandonado por ti próprio. E, mais uma vez, deixaste fugir da memória o dia em que te abandonaste pela primeira vez.
O vapor permite que continues aquecido mais uns segundos, o suficiente para que te possas vestir com a roupa que deixaste no puxador da porta. Tentas ser o mais lesto possível mas não evitas ficar com pele de galinha e começas a tremer.

Tomas o pequeno-almoço devagar e sem pensar em nada a não ser o que te espera no trabalho e na vontade de voltares à cama. Respiras fundo três vezes e engoles mais uma colherada de Corn Flakes. Olhas para um panfleto de hipermercado e consultas as promoções da semana. Deixa-te ansioso o pensamento que amanhã, à mesma hora, estarás sentado nessa mesma cadeira de cozinha, a olhar para o mesmo panfleto e a pensar nas mesmas coisas. Respiras fundo mais três vezes.
Enquanto comes, vais ouvindo o som dos passos dos teus vizinhos a sair dos elevadores e a baterem com as portas. Quando olhas pela janela para a rua vês os lugares de estacionamento a ficarem vazios.
Acabado o pequeno-almoço, lavas os dentes, pegas no saco de lixo que deita um cheiro a podre e sais de casa tão cansado como quando chegaste no dia anterior. Chove imenso e as tuas piores previsões confirmam-se. Antes de te pores a caminho, uma pequena gota entra-te pelas costas fazendo-te sorrir enquanto murmuras: “Claro”. É tão fácil, por vezes, adivinhares o que a vida te reserva...
O teu nome é João Silveira e esta é apenas mais uma manhã na tua vida de que te vais esquecer tão rapidamente como todas as outras.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Apresentação

Com o objectivo de comemorar o meu 100º projecto falhado, resolvi colocar, duma vez por todas, essas pequenas tentativas à vista de todos.
Afinal é sempre bom gozar com a desgraça alheia.
Esta mostra vem em forma de blog e aviso já que é uma porcaria pretensiosa como o Diabo, cuja única vantagem é descobrir porque razão é que o seu autor (eu), sabiamente, só escreveu o primeiro capítulo.
O que é que querem? Levei bastante a sério a história do plantar a arvore, escrever o livro e ter o filho.
O ter o filho e o plantar a árvore ainda é como o outro, mas o escrever o raio do livro é que me custa.

Aqui ficam os registos das tentativas!